"Ai, ai ai, I am your butterfly. I need your protection, be my samurai."

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♦Hey Yo Ninjas!♦


Jah ouviram falar sobre 'Die Antwoord' ?

Ateh essa semana nem eu!, Pois bem... Achei uma matéria com uma breve resenha aqui!
Mas como eu achei interessante vou dar um Ctrl+c e Ctrl+v aqui pra vcs ...

Na caixa de comentários de um dos vídeos do Die Antwoord no YouTube, um espectador observa com ironia: "Se esses caras estivessem na América, seriam a coisa mais legal do momento." E ele tem razão - ao menos em parte. Acontece que, mesmo vivendo do outro lado do Atlântico, o trio sul-africano de rap se tornou um fenômeno. Seu vídeo mais acessado passou dos três milhões de cliques antes mesmo de o grupo ter assinado com a Interscope, gravadora de Eminem, Nelly Furtado, 50 Cent...

O mais legal dessa história é que o Die Antwoord ("a resposta" em africâner, idioma derivado da colonização holandesa) não é exatamente real. Os caras realmente conseguiram um contrato, têm um disco com 16 músicas ótimas, e estão com a agenda cheia de shows.

Mas o MC Ninja - magrelo alto, cheio de tatuagens toscas, dentes dourados e um topete à moda Vanilla Ice - é, na verdade, um personagem criado pelo art-rapper Watkin Tudor Jones. Assim como seus parceiros, a sexy Yo-Landi e o calado DJ Hi-Tech, responsável pelas "next-level beats", Ninja encarna uma paródia da cultura Zef sul-africana - equivalente ao redneck dos Estados Unidos, e talvez aos nossos agro-boys, em versão new-rave (!).

Essa jogada de Tudor Jones merece atenção. Ela aponta para maneiras criativas com que a internet pode dar uma força à indústria fonográfica, tão carente de boas e novas ideias. Dito isso, vamos nos ater às boas músicas de $O$, o disco de estreia do Die Antwoord. Sozinhas, elas rendem assunto suficiente.

O disco - lançado gratuitamente - abre com "Whatever Man", um recado do MC Ninja sobre mistura cultural na África do Sul: "I represent South African culture. In this place, You get a lot of different things: blacks, whites, coloured, english, afrikaans, xhosa, zulu, watookal... I'm like all these different things; all these different people - fucked into one person."

Sentiu? Em seguida, com "Wat Kyk Jy", começa o pancadão, híbrido de atitude gangsta e nerd. As letras falam sobre violência, sexo, videogame e raves... Samples emergem dos anos 1990 sobre uma base de bateria bem sacada, dançante, e permeada pelos vocais provocativos de Yo-Landi. Some ao conjunto barulhinhos digitais e palmas bagaceiras.

"Enter the Ninja" é o maior sucesso do trio, com letra tão ridícula quanto pegajosa: "Ai, ai ai, I am your butterfly. I need your protection, be my samurai." Coisa de quem foi criado em frente a TVs ligadas a um videogame, e sonhou em ter uma katana no quarto. O perturbador é que essas rimas infantis saem da boca de uma dupla transtornada, tatuada e violenta...



Ao contrário do que pode se esperar de um álbum com 16 músicas, há pouco material descartável em $O$. O Die Antwoord enfileira uma seqüência de faixas matadoras - que inclui a intensa "Wat Pomp", "Rich Bitch" (que vale pelo sotaque carregadíssimo de Yo-Landi cantando o verso do título) e a melódica "I Don't Need You" - sempre com notas de teclados ultrapassados.



Não deixe de ouvir "Beat Boy" - miami bass sul-africano com versos poéticos que falam sobre gráficos 3D, estática, masturbação, visões psicodélicas, sangue... Demais para você? Não para a mente brilhante (ou seria perturbada?) do sr. Tudor Jones. E a coisa não acaba por aí - o diretor Neill Blomkamp, de Distrito 9, vai dirigir um vídeo dos caras. Também há quem diga que eles vão se apresentar no Coachella. Nada mau para uma história que começou num vídeo de YouTube... Sucesso de marketing que deve deixar Richie Hawtin com inveja.




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E o que eu acho de tudo isso ?
Bizarro é a Mãe! MOTHAFÃNCKERS! KKK